Esta tradução corresponde ao pedaço que já foi liberado da entrevista da Hayley para a Cosmopolitan de maio.
Hayley Williams está pegando fogo
Como cantora da banda Paramore, Hayley Williams poderia, com certeza, ter feito reserva em qualquer restaurante chique da cidade. A banda já vendou mais de 3,6 milhões de CDs nos últimos quatro anos. E, mesmo com a saída de dois membros no inverno (falaremos mais sobre isso depois), os ingressos para três shows em diferentes cidades do SAT 2011 esgotaram. Enquanto a banda em si ganha vários elogios, a crítica foca nos vocais de Hayley. Vocais tão poderosos que ela ganhou uma indicação ao Grammy pela colaboração na música “Airplanes” do B.o.B. Ela não poderia estar com os holofotes mais focados nela do que isso.
Quando nós mencionamos que a escolha dela do restaurante não era exatamente o que nós esperávamos da vocalista de uma banda tão grande, ela diz: “Eu não sou o tipo de pessoa que irá mudar as coisas de que gosto só porque eu deveria me encaixar nessa idéia do que uma pessoa famosa deve ser. Eu amo esse lugar. Quer dividir o ‘Babercue buffalo chicken wings?’”
É claro que essa atitude de “Eu sou quem eu sou” parece bem fácil de ser posta em prática quando você é uma querida da indústria musical e tem mais de um milhão de seguidores no twitter, lendo cada palavra do que você escreve. Mas, depois de ouvir à difícil história de Hayley na escola e as turbulências pelas quais Paramore está passando em suas escalas para a popularidade, fica claro que ela tinha confiança muito antes de dominar a MTV.
Hayley sempre soube que estaria em estádio, arrasando na música.
“Quando eu era pequena e morava em Mississippi, eu recrutava meus amigos para fazerem parte de minha banda imaginária.” Diz ela. “Mas ninguém gostava de música como eu. Nós estávamos no sul e, por isso, quase todos gostavam de esportes e concursos de beleza.” Quando perguntamos se ela já havia usado uma coroa desses concursos, ela revirou os olhos e disse “Nunca! Ai Deus... eu teria cortado os meus pulsos!”
Aos treze anos, Hayley e sua mã mudaram-se para Nashville – uma cidadequeu vive e respira música. Ela se jogou nesse negócio de cantar e até teve aulas para aprender a usar todo o poder de sua voz.
Mas, enquanto as coisas iam bem com a música, a escola era um pesadelo para ela. “Eu era nova na escola e era como naquele filme Mean Girls” ela diz. “Tinha essa panelinha que me irritava e surgia com boatos sobre eu ser gay. Eu nem sei porque eles faziam isso. Um dia, eu cheguei em casa chorando e disse a minha mãe que eu não queria mais ficar perto daquelas pessoas. E então nós decidimos que eu iria ser ensinada em casa.”
Felizmente, o futuro mexeu seus pauzinhos, e, naquela época, ela conheceu dois irmãos – Josh e Zac Farro – que tinham mais ou menos sua idade e também tinham obssessão por música alternativa.
Eles ficaram amigos e começaram uma banda. Em 2004, depois de recrutar mais um membro (Jeremy Davis), Paramore tinha nascido. Quando a gravadora Fueled By Ramen os ouviu tocando, eles foram, instantaneamente, contratados. Em 2005, seu primeiro CD foi lançado, All We Know Is Falling.
Apenas alguns meses depois, Hayley teve a chance de se vingar de um de seus bully. “Nós estávamos em turnê e fomos ao Sonic comer alguma coisa, e essa menina veio até nós, em seus patins, para anotar nosso pedido. Ela era a Menina Malvada Número Um.” Ela diz, batendo uma mão na outra. “Eu estou com minha banda, me sentindo, e 'Sim, eu quero um cachorro quente.’ Esse foi o melhor sentimento do mundo.”
Mesmo com o sucesso de seu primeiro álbum, foi, na verdade, o seu segundo que fez com que fãs falassem de Paramore como se falassem de No Doubt ou Green Day. Eles lançaram Riot!, em 2007, e o CD vendeu 44.000 cópias só na primeira semana. Um ano mais tarde, sua música Decode foi o principal single da trilha sonora de Twilight. Entre a gravação do hit e fazer parte de algo tão grande, a banda atingiu uma visibilidade que não haviam tido antes e Hayley virou um modelo para muitas mulheres, fãs de rock. Naquele tempo, seu cabelo era laranja e seu rosto não tinha maquiagem e seu guarda-roupa era, basicamente, jeans e camisetas.
Hayley diz que aquilo havia sido uma decisão que ela tomara: “Eu queria ser um cara naquela época, porque eu não queria todos me olhando porque eu era a vocalista. Eu queria que eles olhassem para a banda.”
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